domingo, 30 de setembro de 2012
UBM convoca mulheres para campanha ‘Mulher, seu voto não tem preço’
Dia 27 de setembro: UBM convoca mulheres para campanha ‘Mulher, seu voto não tem preço’
A União Brasileira de Mulheres(UBM) convoca as mulheres de todo o país para participarem, no dia 27 de setembro, da campanha “Mulher, seu voto não tem preço”. O principal objetivo é intensificar a divulgação do Manifesto da UBM - Mulher, seu voto não tem preço, que vai apresentar a plataforma política de uma gestão pública para as cidades com atenção às questões de gênero nas eleições 2012. A plataforma tem como centralidade a qualidade de vida da população, compreendendo que a mulher brasileira ainda enfrenta problemas seculares, oriundos de uma sociedade que ainda transforma as diferenças em desigualdades sociais e econômicas.
“É preciso se firmar nestas eleições 2012, compromissos com os frutos da luta histórica das mulheres. As futuras gestoras e futuros gestores municipais têm de assumir o Pacto Nacional de enfrentamento a violência contra Mulher, políticas públicas que assegurem os direitos sexuais e reprodutivos, construção de creches com educação em tempo integral, dentre outras conquistas histórias”, defende a direção da UBM.
A campanha “Mulher seu voto não tem preço” é também importante para incentivar a necessidade de ampliar a participação das mulheres nas instâncias de poder. É uma mobilização para que a sociedade eleja mais mulheres comprometidas com o projeto nacional de desenvolvimento.
Abaixo o conteúdo do Manifesto da UBM
Mulher, seu voto não tem preço, alerta UBM
Nós, mulheres, conquistamos uma grande vitória ao eleger em 2010, a primeira mulher a presidir a 7º economia do mundo, e com uma trajetória política amalgamada pelos interesses do povo brasileiro.
Mas, é preciso avançar muito mais, pois somos 51,8 % do eleitorado brasileiro e não temos nem 10% de mulheres no Parlamento Brasileiro. Nós precisamos exercer plenamente o direito a cidadania e para isso é importante atuarmos na defesa de políticas públicas que venham a construir uma sociedade igualitária.
Em 2012, as cidades brasileiras estão vivendo momentos propícios para debates de grandes temas que atingem a população como a segurança pública, saúde, educação, emprego e desenvolvimento sustentável. E nós, mulheres, não podemos perder a oportunidade de apresentar a nossa opinião. Nas eleições de 2012, precisamos enfrentar o grave problema para a democracia brasileira da baixa inserção feminina nas instâncias de poder, e a UBM se compromete com essa luta de eleger mais mulheres que se identificam com o projeto político de mudanças protagonizado pela Presidenta Dilma Roussef. Queremos prefeitas e vereadoras que tenham a responsabilidade de construir políticas públicas que consolidem os direitos sociais para o povo, propomos:
Saúde: defender o SUS, garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com muito respeito ao nosso corpo e às diferentes fases de nossas vidas.
Educação: elaborar e fiscalizar conteúdos escolares e da mídia, que eduquem para o respeito às diferenças, combatam os estereótipos e valorizem as mulheres. Garantia de escolas de período integral.
Trabalho: valorizar o trabalho sem discriminação e com carteira assinada; Licença-maternidade de 6 meses com garantia do emprego.
Violência: fazer cumprir a Lei Maria da Penha, garantir a implementação dos juizados especiais, a ampliação do número de casa abrigo e da rede de atendimento às mulheres em situação de violência. Capacitação dos profissionais que atuam nas DEAMs.
Queremos mais!
Cidades mais humanas, com medidas que melhorem a vida cotidiana das mulheres, como iluminação pública eficiente, equipamentos sociais, saneamento, esporte, cultura e lazer, transporte e habitação.
Mais participação das mulheres nos espaços de poder.
Instrumentos capazes de combater a mortalidade materna, inclusive implantando os Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna.
Defender e fiscalizar a implementação do III Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, não admitindo retrocessos.
Queremos a legalização do aborto.
Oportunizar autonomia econômica com incentivos para a cidadania das mulheres que garantam a participação em condições de igualdade, com formação profissional em horários especiais, criação e funcionamento de lactários e creches.
Fortalecimento e ampliação da democracia brasileira com a superação da subrepresentação feminina nas decisões em nosso país.
Participar da política é consolidar a democracia com mais poder; mais respeito; mais igualdade; mais justiça social. Por um mundo de igualdade, contra toda a opressão.
A União Brasileira de Mulheres(UBM) convoca as mulheres de todo o país para participarem, no dia 27 de setembro, da campanha “Mulher, seu voto não tem preço”. O principal objetivo é intensificar a divulgação do Manifesto da UBM(abaixo) que vai apresentar a plataforma política de uma gestão pública para as cidades, com atenção às questões de gênero nas eleições 2012. A plataforma tem como centralidade a qualidade de vida da população, compreendendo que a mulher brasileira ainda enfrenta problemas seculares, oriundos de uma sociedade que ainda transforma as diferenças em desigualdades sociais e econômicas.
“É preciso se firmar nestas eleições 2012, compromissos com os frutos da luta histórica das mulheres. As futuras gestoras e futuros gestores municipais têm de assumir o Pacto Nacional de enfrentamento a violência contra Mulher, políticas públicas que assegurem os direitos sexuais e reprodutivos, construção de creches com educação em tempo integral, dentre outras conquistas histórias”, defende a direção da UBM.
A campanha “Mulher seu voto não tem preço” é também importante para incentivar a necessidade de ampliar a participação das mulheres nas instâncias de poder. É uma mobilização para que a sociedade eleja mais mulheres comprometidas com o projeto nacional de desenvolvimento.
Abaixo o conteúdo do Manifesto da UBM:
Mulher, seu voto não tem preço, alerta UBM
Nós, mulheres, conquistamos uma grande vitória ao eleger em 2010, a primeira mulher a presidir a 7º economia do mundo, e com uma trajetória política amalgamada pelos interesses do povo brasileiro.
Mas, é preciso avançar muito mais, pois somos 51,8 % do eleitorado brasileiro e não temos nem 10% de mulheres no Parlamento Brasileiro. Nós precisamos exercer plenamente o direito a cidadania e para isso é importante atuarmos na defesa de políticas públicas que venham a construir uma sociedade igualitária.
Em 2012, as cidades brasileiras estão vivendo momentos propícios para debates de grandes temas que atingem a população como a segurança pública, saúde, educação, emprego e desenvolvimento sustentável. E nós, mulheres, não podemos perder a oportunidade de apresentar a nossa opinião. Nas eleições de 2012, precisamos enfrentar o grave problema para a democracia brasileira da baixa inserção feminina nas instâncias de poder, e a UBM se compromete com essa luta de eleger mais mulheres que se identificam com o projeto político de mudanças protagonizado pela Presidenta Dilma Roussef. Queremos prefeitas e vereadoras que tenham a responsabilidade de construir políticas públicas que consolidem os direitos sociais para o povo, propomos:
Saúde: defender o SUS, garantindo a ampliação de uma rede de atendimento digno e eficaz, e o acesso aos serviços com muito respeito ao nosso corpo e às diferentes fases de nossas vidas.
Educação: elaborar e fiscalizar conteúdos escolares e da mídia, que eduquem para o respeito às diferenças, combatam os estereótipos e valorizem as mulheres. Garantia de escolas de período integral.
Trabalho: valorizar o trabalho sem discriminação e com carteira assinada; Licença-maternidade de 6 meses com garantia do emprego.
Violência: fazer cumprir a Lei Maria da Penha, garantir a implementação dos juizados especiais, a ampliação do número de casa abrigo e da rede de atendimento às mulheres em situação de violência. Capacitação dos profissionais que atuam nas DEAMs.
Queremos mais!
Cidades mais humanas, com medidas que melhorem a vida cotidiana das mulheres, como iluminação pública eficiente, equipamentos sociais, saneamento, esporte, cultura e lazer, transporte e habitação.
Mais participação das mulheres nos espaços de poder.
Instrumentos capazes de combater a mortalidade materna, inclusive implantando os Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna.
Defesa e fiscalização da implementação do III Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, não admitindo retrocessos.
Queremos a legalização do aborto.
Autonomia econômica com incentivos para a cidadania das mulheres que garantam a participação em condições de igualdade, com formação profissional em horários especiais, criação e funcionamento de lactários e creches.
Fortalecimento e ampliação da democracia brasileira com a superação da subrepresentação feminina nas decisões em nosso país.
Participar da política é consolidar a democracia com mais poder; mais respeito; mais igualdade; mais justiça social. Por um mundo de igualdade, contra toda a opressão.
domingo, 23 de setembro de 2012
Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele
Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003, quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o único negro entre os atuais ministros do STF.
Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado. Prestou concurso público para Procurador da República e foi aprovado.
Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos, tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e Visiting Scholar na Universidade da California, Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês e alemão.
O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro.
"E o que mostra esse currículo?", perguntarão vocês.
Antes de responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF jamais sequer sonharam em enfrentar.
Não se quer aceitar, nesse debate - ou melhor, a mídia, a direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não querem aceitar -, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal, pois esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e por Hermenegildo de Barros (1919 a 1937).
E quem é o STF hoje no Brasil?
Acabamos de ver recentementenos casos Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a porta por onde os ricos escapam de seus crimes.
Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de origem pobre numa Corte quase que exclusivamente branca nos últimos mais de cem anos, que julga uma maioria descomunal de causas que beneficiam a elite branca e rica do país. Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes, apenas repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes, advogados, jornalistas, acadêmicos de toda parte do Brasil e do mundo, que o atual presidente do Supremo, com suas polêmicas midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que não se sustentam e que ele até já reconheceu que "podem" não ter existido -depois de toda palhaçada que fez -, desserve à instituição que preside e ao próprio conceito de Justiça. Gilmar Mendes pareceu-me ter querido "pôr o negrinho em seu lugar", e este, altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com todas as letras, que não o confundisse com "um dos capangas" do supremo presidente "em Mato Grosso". Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre "Mato Grosso", mas preferiu o silêncio. Esperemos...
Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu juízo, pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça brasileira. Enquanto houver um só que enfrente uma luta aparentemente desigual para si simplesmente para dizer o que falam quase todos, porém sem que os poucos poderosos dêem ouvidos, haverá esperança. Enquanto um resistir, resistiremos todos.
Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite branca da nação, e está sendo combatido por isso e por simplesmente dizer a verdade em meio a um mar de hipocrisia. O Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja a verdade mais importante, pois dará conseqüência aos fatos.*
Matéria sobre o episódio no Jornal Nacional*
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
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